O papel do canabidiol (CBD) nas doenças neurodegenerativas é cada vez mais aprofundado pelos investigadores, com alguns a defenderem que aquele canabinóide é uma vantagem incontornável neste tipo de doenças. A este respeito, nos últimos três anos surgiram vários estudos a apontar para efeitos benéficos do CBD na Esclerose Múltipla.
“O CBD foi comparado, inclusivamente, com THC e atingiu melhor efeito que este nas células linfáticas envolvidas nos processos imunitários”
Kozela et al., da Universidade de Tel Aviv, Israel, assinalam o efeito anti-inflamatório do CBD através da supressão de transcrição (ativação) de genes pró-inflamatórios. (1)
Os mesmos investigadores destacam também a diminuição ou supressão de atividade de astrócitos, um importante marcador em doenças neuronais, incluindo, entre outras, Epilepsia e Esquizofrenia. (2)
Giacoppo et al., do Laboratório de Neurologia Experimental de Messina, Itália, assinalam o efeito do CBD na regulação da apoptose (suicídio) neuronal, um dos mecanismos neurodegenerativos característicos da Esclerose Múltipla. (3)
Um outro grupo de investigação da Universidade da Carolina do Sul, EUA, Elliot et al., confirmam a redução da neuro-inflamação, principalmente através de um aumento significativo de células imunossupressoras específicas (Myeloid-derived suppressor cells). (4)
Ainda em matéria dos efeitos benéficos do CBD, Zgair et al., da Universidade de Nottingham, reforçam o efeito imunomodulador do canabidiol (5). O CBD foi comparado, inclusivamente, com THC e atingiu melhor efeito que este nas células linfáticas envolvidas nos processos imunitários.
Estes são alguns dos trabalhos de investigação que mostram que, entre mecanismos que afetam a imunomodulação, neuro-proteção e redução de inflamação, o canabinóide CBD reúne efeitos cada vez mais convincentes em abordagem positiva na Esclerose Múltipla.