Como o canabidiol difere da maconha, cannabis e cânhamo? O CBD, ou canabidiol, é o segundo ingrediente ativo mais prevalente na cannabis. Embora o CBD seja um componente essencial da maconha medicinal, ele é extraído diretamente da planta de cânhamo, um parente da maconha, ou fabricado em laboratório. Uma das centenas de componentes na maconha, o CBD não causa “barato” por si só. De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde: “Nos humanos, o CBD não exibe efeitos indicativos de qualquer potencial de abuso ou dependência…. Até o momento, não há evidências de problemas relacionados à saúde pública associados ao uso de CBD puro.” As evidências dos benefícios à saúde do canabidiol O CBD tem sido promovido para uma ampla variedade de problemas de saúde, mas as evidências científicas mais robustas são para sua eficácia no tratamento de alguns dos sintomas de epilepsia mais cruéis na infância, como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut, que geralmente não respondem a medicamentos anticonvulsivos. Em numerosos estudos, o CBD foi capaz de reduzir o número de convulsões e, em alguns casos, interrompê-las completamente. O Epidiolex, que contém CBD, é o primeiro medicamento derivado da cannabis aprovado pela FDA (equivalente a Anvisa dos EUA) para essas condições. Estudos em animais e relatos pessoais ou pesquisas em seres humanos sugerem que o CBD também pode ajudar com: Ansiedade: Estudos e ensaios clínicos estão explorando relatos comuns de que o CBD pode reduzir a ansiedade. Insônia: Estudos sugerem que o CBD pode ajudar tanto a adormecer quanto a permanecer dormindo. Dor crônica: São necessários mais estudos em humanos para substanciar a alegação de que o CBD ajuda no controle da dor. Um estudo com animais publicado no European Journal of Pain sugere que o CBD pode ajudar a reduzir a dor e a inflamação causadas pela artrite quando aplicado na pele. Outras pesquisas identificam como o CBD pode inibir a dor inflamatória e neuropática, que são difíceis de tratar. Vício: O CBD pode ajudar a reduzir o desejo por tabaco e heroína em certas condições, de acordo com algumas pesquisas em humanos. Modelos animais de vício sugerem que também pode ajudar a reduzir o desejo por álcool, cannabis, opiáceos e estimulantes. O CBD é seguro? Os efeitos colaterais do CBD incluem náuseas, fadiga e irritabilidade. O CBD pode aumentar o “afinamento” do sangue e os níveis de outros medicamentos em seu sangue, competindo pelas enzimas hepáticas que metabolizam esses medicamentos. A grapefruit (ou toranja) tem um efeito semelhante ao interagir com certos medicamentos. Pessoas que consomem doses elevadas de CBD podem apresentar anormalidades nos testes sanguíneos hepáticos. Muitos medicamentos de venda livre, como o acetaminofeno (Tylenol), têm esse mesmo efeito. Portanto, é importante informar ao seu médico quais medicamentos você usa regularmente antes de tomar CDB. Também não sabemos qual é a dose terapêutica mais eficaz do CBD para qualquer condição médica específica. Como o CBD pode ser administrado? O CBD vem em muitas formas, incluindo óleos, extratos, cápsulas, adesivos, vaporizadores e preparações tópicas para uso na pele. Se você espera reduzir a inflamação e aliviar a dor muscular e nas articulações, um óleo tópico, loção ou creme com infusão de CBD – ou até mesmo uma bomba de banho – pode ser a melhor opção. Já um adesivo de CBD ou um tônico ou spray projetado para ser colocado sob a língua permite que o CBD entre diretamente na corrente sanguínea. No Brasil, o medicamento prescrito Mavatyl (conhecido também como Sativex), que usa o CBD como ingrediente ativo, foi o primeiro medicamento a base de cannabis registrado, e indicado para a espasticidade muscular associada à esclerose múltipla Nos Estados Unidos, o Epidiolex é aprovado para certos tipos de epilepsia e esclerose tuberosa. Conclusão sobre o canabidiol Alguns fabricantes de CBD têm sido alvo de críticas devido a alegações infundadas e indefensáveis, como a de que o CBD é a cura para o câncer ou a COVID-19, o que não é verdade. Precisamos de mais pesquisas, mas o CBD pode se mostrar uma opção útil e relativamente não tóxica para o manejo da ansiedade, insônia e dor crônica. Sem evidências suficientes e de alta qualidade em estudos humanos, não podemos determinar doses eficazes, e como o CBD geralmente está disponível como um suplemento não regulamentado, é difícil saber exatamente o que você está obtendo.
Bem-aventurança
Fórmula CannabiGold BLISS óleo é um suplemento dietético multi-ingrediente em que temos combinado óleo de cânhamo com extratos de erva-cidreira, lúpulo e óleo de laranja amarga. Produzido inteiramente na Polônia sob o controle total da HemPoland, Fórmula CannabiGold suplementos dietéticos são uma garantia da mais alta qualidade. Os produtos Formula CannabiGold foram criados de acordo com o princípio ” clean label ” – a composição mais simples, sem adições desnecessárias. No produto você encontrará ingredientes 100% de fontes naturais.Fórmula CannabiGold BLISS óleo é um suplemento dietético multi-ingrediente em que temos combinado óleo de cânhamo com extratos de erva-cidreira, lúpulo e óleo de laranja amarga. Produzido inteiramente na Polônia sob o controle total da HemPoland, Fórmula CannabiGold suplementos dietéticos são uma garantia da mais alta qualidade. Os produtos Formula CannabiGold foram criados de acordo com o princípio ” clean label ” – a composição mais simples, sem adições desnecessárias. No produto você encontrará ingredientes 100% de fontes naturais.
Uma em cada três pessoas no mundo sofre de uma doença neurológica em algum ponto da vida, afirma um relatório divulgado este ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Este é um problema que se agrava, pois nas últimas três décadas o número absoluto de mortes por distúrbios neurológicos aumentou em 39%.
Somente em 2016, foram responsáveis por 9 milhões de mortes no mundo, o que faz das doenças neurológicas a segunda principal causa de óbitos, perdendo somente para as doenças cardiovasculares.
Este quadro preocupante indica a importância de tratamentos eficazes para tantas pessoas afetadas por doenças degenerativas pelo mundo.
O guia abaixo procura esclarecer as principais doenças neurológicas, suas causas, tratamentos e como a Cannabis pode aliviar e trazer qualidade de vida às pessoas acometidas por esses males.
O que são os problemas, transtornos ou doenças neurológicas?
São as doenças do sistema nervoso, que incluem o cérebro, a medula espinhal e outros nervos. O sistema nervoso é dividido entre:
Sistema central (cérebro e medula espinhal), que controla a maior parte do funcionamento de corpo e mente;
Sistema periférico (fora do central – fibras, gânglios nervosos e órgãos terminais), e conecta o sistema nervoso central aos demais órgãos do corpo;
Podem ser problemas estruturais, bioquímicos ou elétricos.
Os sintomas são diversos, como parálise, fraqueza muscular, problemas de coordenação, perda de sensibilidade, convulsões, confusão, dores.
Quais as doenças neurológicas mais comuns?
Segundo matéria publicada no The Science Times em fevereiro deste ano (1), as mais comuns são: Alzheimer, epilepsia, Paralisia de Bell, Esclerose Múltipla, Doença de Parkinson e enxaqueca.
Quais os principais medicamentos que tratam doenças neurológicas?
Neurolépticos (haloperidol, chlorpromazine), anticonvulsivantes, hipnóticos, antidepressivos, indutores de sono, analgésicos simples como ibuprofeno, acetaminofeno, opióides.
Em alguns casos é usada a alternativa cirúrgica, como a colocação de um estimulador do nervo vago para convulsões, dietas especiais, como a ketogênica, cirurgias invasivas.
Cannabis medicinal no tratamento de problemas neurológicos: o que a ciência já sabe?
Para entender os efeitos do CBD no cérebro, é preciso entender como nosso corpo o processa. Temos um sistema neuromodulador chamado Sistema Endocanabinóide.
Ele é responsável pela regulação de funções psicológicas, cognitivas como humor, estresse e memória. E funções fisiológicas, como apetite e resposta à dor.
Ele também mantém a homeostase, que é o equilíbrio do organismo para seu bom funcionamento.
A Cannabis contém substâncias naturais que agem como os endocanabinóides que produzimos, e se conectam aos mesmos receptores. O sistema endocanabinóide está presente no cérebro e por todas as partes do corpo.
Efeitos do canabidiol (CBD) no cérebro
A principal função do CBD no cérebro é a redução de inflamação, que está ligada a diversos distúrbios, como ansiedade, depressão, problemas de memória, derrames, epilepsia, Alzheimer, fadiga, confusão.
Esse efeito anti inflamatório é reportado também no restante do corpo, usando o sistema endocanabinóide.
A Cannabis contém mais de 110 canabinóides que se conectam com os receptores do sistema endocanabinóide.
Os dois mais conhecidos, são o CB1 e o CB2. O CB1 prevalece no sistema nervoso central (no cérebro) e regulam dor, apetite, humor, coordenação entre outros. Os receptores CB2 prevalecem por todo o corpo e sistema imunológico, com fortes efeitos em dores e inflamações.
O CBD tem um efeito leve nos receptores chamados CB1, e com isso bloqueia os efeitos psicoativos do TCH. O CBD também inibe a degradação da anandamida (a molécula da felicidade), aumentando seus níveis.
Ansiedade, medo, pânico e depressão
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje existem 350 milhões de pessoas deprimidas no mundo.
Os sintomas são tristeza profunda, isolamento social, falta de entusiasmo com a vida, ansiedade, pânico, insônia. Transtorno de Ansiedade generalizada (TAG) aumenta em 30% o risco de doença cardiovascular.
Pânico pode causar palpitação, taquicardia, falta de ar, sudorese, desconforto abdominal, tontura, formigamentos, tremores.
Estudos em modelos pré-clínicos demonstram que o CBD promove o equilíbrio do sistema endocanabinóide, com efeitos ansiolíticos e antidepressivos. Também estimula o sistema límbico, que controla emoções e comportamentos sociais.
Por fim, estimula a neurogênese hipocampal, que é o mesmo efeito buscado por alguns remédios antidepressivos.
Um estudo publicado no Journal of Psychopharmacology em 2010 examinou um pequeno grupo de pessoas que sofriam de Transtorno de Ansiedade social, e descobriu que o CBD mudou a forma com que seus cérebros respondiam à ansiedade, scans revelaram mudanças de fluxo sanguíneo nas áreas do cérebro relacionadas à ansiedade.
Esquizofrenia e psicose
Psicose
É um transtorno mental que pode se manifestar por meio de alucinações, delírios, incoerência e agitação. Podem ser sintomas de doenças psiquiátricas, sendo a esquizofrenia muito comum, ou ter suas causas em uso de drogas ou medicamentos.
A psicose pode ocorrer em decorrência de uma doença psiquiátrica como a esquizofrenia.
Esquizofrenia
É um conjunto de psicoses, com dissociação de ação e pensamento. Delírios persecutórios, alucinações visuais e auditivas, comportamento desorganizado, dificuldade de concentração e memória.
O CBD afeta diretamente os níveis de anandamida, que é um neurotransmissor conhecido como molécula da felicidade. Ele controla humor e sensibilidade à dor. O CBD inibe a enzima que quebra a anandamida, permitindo que ela atue melhor e por mais tempo.
Uma pesquisa publicada no Translational Psychiatry em março de 2012 mostrou que quanto maiores os níveis de anandamida, menores os sintomas psicóticos, e que o CBD potencializou os níveis de anandamida.
Epilepsia e convulsões
Epilepsia é a doença neurológica que mais provoca convulsões. É também uma das doenças mais comuns entre as neuropatias. Só nos EUA, 2,2 milhões de pessoas sofrem com epilepsia.
Uma convulsão pode ser causada por qualquer coisa que interrompa as conexões entre as células nervosas e o cérebro.
Febre alta, taxa de açúcar no sangue, abstinência de álcool ou drogas, concussão. Quando o paciente tem duas ou mais convulsões, já é considerada epilepsia.
Suas causas são desequilíbrio de neurotransmissores, tumores, derrames, lesões cerebrais ou sua combinação.
Seus sintomas são tremores por todas ou partes do corpo, convulsões, perda de consciência, súbita paralisação com olhar perdido, temporário descontrole de bexiga e intestino.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o CBD demonstrou ser tratamento efetivo para epilepsia em diversos estudos clínicos já feitos com o fármaco Epidyolex, que é CBD puro.
A NHS (National Health Service) britânica já disponibiliza o Epidyolex, e o NICE (the National Institute for Health and Care Excellence) recomenda o Epidyolex para pessoas com Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut.
Para demais tipos de epilepsia, o órgão estuda caso a caso, ou pela participação estudos clínicos.
Doença de Parkinson
É uma doença degenerativa que afeta mais de 1 milhão de pessoas só nos EUA. Atinge pessoas acima de 65 anos, é progressiva e vai gradativamente retirando habilidades motoras.
Os pacientes passam a mancar, ter membros rígidos, e perda de equilíbrio. As causas são desconhecidas, em alguns casos hereditária.
O que é sabido é que as células do cérebro da área chamada “substantia nigra” morrem. Estas são as células que fabricam a dopamina, que controla os movimentos musculares.
Vários estudos têm demonstrado que a modulação do sistema endocanabinóide pela interação entre os canabinóides e a dopamina interferem na evolução da doença.
Os efeitos são a melhoria dos distúrbios motores e neuroproteção.
Estudos feitos pela USP em Ribeirão Preto e em Israel, mostraram melhoria na qualidade de vida, tremores e rigidez.
. More SV, Choi DK. Promising cannabinoid-based therapies for Parkinson’s disease: motor symptoms to neuroprotection. Mol Neurodegener. 2015 Apr 8;10:17. [PubMed]
. Lotan I, Treves TA, Roditi Y, Djaldetti R. Cannabis (medical marijuana) treatment for motor and non-motor symptoms of Parkinson disease: an open label observational study. Clin Neuropharmacol. 2014 Mar-Apr;37(2):41-4. [PubMed]
Doença de Alzheimer
É uma forma de demência causada por neurotoxicidade. Quando a inflamação acontece no cérebro, excesso de oxigênio é liberado nas células, causando deterioração e perda de memória. Atinge mais de 5 milhões de pessoas nos EUA.
A doença afeta 1% de idosos entre 65 e 70 anos, mas sua incidência vai aumentando com a idade. 6% aos 70 anos, 30% aos 80 anos e mais de 60% após os 90 anos.
O CBD tem se mostrado eficaz, pois é um eficiente antioxidante, tirando o excesso de oxigênio e os bloqueios que causam. O sistema endocanabinóide, que responde aos sinais enviados pelo CBD, responde por regular a memória.
Um estudo publicado no Neuropsychopharmacology em fevereiro de 2019 concluiu que o CBD potencializa os níveis de substâncias que regulam substâncias que regulam a atividade excessiva do cérebro, que é conhecida por causar a neurotoxicidade.
o Prof. Fabrício Moreira do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e colaborador da AMA+ME, confirmou o papel neuro regenerador do CBD que atua aumentando, numericamente, as células progenitoras de neurônios no hipocampo, que é a principal área da memória, e sofre redução com a doença.
Esclerose Múltipla
Doença crônica de longo prazo, que afeta o sistema nervoso. Acredita-se que seja autoimune (quando o corpo ataca a si mesmo) e afeta pacientes de formas diferentes.
A mielina é o tecido gorduroso que envolve e protege as fibras nervosas. Na esclerose, esse tecido é destruído em várias áreas, e forma cicatrizes chamadas escleroses. Essa cicatrizes impedem que os nervos façam a condução dos impulsos cérebro – nervo e vice versa.
Os sintomas são diversos:
Visão embaçada;
Distorção das cores verde e vermelho;
Dores e perda de visão (neurite óptica);
Problemas para caminhar,
Sensação anormal de dores, como picadas ou dormência;
Fraqueza muscular;
Problemas de coordenação;
Parálise;
Espasticidade (diminuição de tônus muscular que leva a espasmos e endurecimento);
Fadiga constante;
Perda de sentidos;
Problemas de discurso;
Tremores, tonturas;
Perda de audição;
Depressão;
Problemas de bexiga e intestino;
Problemas cognitivos.
O medicamento Sativex está disponível no NHS britânico para espasticidade.
Um estudo publicado em 2012 no Canadian Medical Association, demonstrou que fumar maconha melhorou o tônus muscular de pacientes. Esse resultado, com vários relatos de casos, o Sativex, medicamento com 1:1 de mistura de THC e CBD é usado para tratar espasticidade relacionada à esclerose múltipla em vários países.
O CBD atua por seu efeito anti inflamatório na redução de citocinas, o que pode retardar o padrão evolutivo da doença.
Autismo
Autismo é um transtorno do desenvolvimento, o que significa que os sintomas começam nos primeiros anos da infância, e vão mudando por toda a vida em passagens marcadas: na infância, adolescência, vida adulta.
Caracteriza-se por dificuldades de comunicação e interação, por movimentos repetitivos e forma diferente de ver o mundo.
A severidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa, sendo que alguns simplesmente não falam, enquanto outros falam normalmente, porém apresentam outros sintomas. Não há cura.
Há também um movimento para que deixe de ser visto não como doença, mas sim, parte da personalidade do autista.
Como descobrir se a Cannabis é realmente eficaz no tratamento dos transtornos do espectro autista (TEA)?
Você trata um número de pacientes com o extrato da planta por um período e avalia os resultados. São os chamados testes clínicos, e foi justamente isso que fez um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília.
Durante nove meses, eles acompanharam pacientes ligados à Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (Ama+me), com idades entre 6 e 17 anos, em tratamento com um extrato com alta concentração de canabidiol, 75 vezes maior que a de THC. Dos 18 participantes, três sofriam com crises epilépticas. A pesquisa foi publicada na revista Frontiers in Neuroscience.
Quinze pacientes ligados à Ama+me, com autorização da Anvisa, fizeram o tratamento com o extrato de CBD por nove meses (exceto um, que parou no sexto mês).
Seus pais, então, passaram a preencher mensalmente um formulário em que estimavam o quanto os filhos melhoraram em relação à oito sintomas característicos do autismo: hiperatividade e déficit de atenção, transtornos comportamentais, déficit motor, déficit de autonomia, déficit de comunicação e interação social, problemas cognitivos, distúrbio do sono e convulsões.
Catorze pacientes tiveram 30% de melhora em pelo menos um dos sintomas, sendo que sete deles apresentaram essa melhora em quatro ou mais dos sintomas analisados.
A principal melhora foi entre os pacientes com epilepsia, com redução nos episódios. Desordem de sono e crises de comportamento foram outros sintomas que tiveram considerável evolução positiva entre os pacientes.
Fibromialgia
São dores no corpo todo, principalmente musculatura. Com elas, fadiga, perda da qualidade do sono, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. É uma síndrome comum, e acomete, em sua maioria, mulheres, e costuma se manifestar entre as idades de 30 e 60 anos.
Os sintomas principais da doença, que são as dores, a perda da qualidade do sono e a ansiedade, já têm eficácia comprovada com o uso da Cannabis.
O CBD modifica a capacidade dos receptores CB2 se ligarem aos endocanabinóides, fazendo com que o corpo produza mais canabinóides naturais. Ele também afeta a forma com que esses receptores respondem aos sinais de dor que recebem, o que ajuda a reduzir dor e inflamação.
Efeito entourage
A planta da maconha tem mais de 500 substâncias químicas, cada uma com suas propriedades terapêuticas. A composição de vários desses compostos é o Efeito Entourage, como batizado pelo Dr. Raphael Mechoulam, o “pai da Cannabis”.
Esse efeito ainda precisa ser muito estudado para que possa ser entendido como eles interagem no organismo e juntos podem potencializar seus efeitos.
Entretanto, já existem fortes indicações de que remédios com THC e CBD realmente funcionam melhor em conjunto do que com apenas um deles isolado.
Por exemplo, o sistema endocanabinóide reage melhor, estimulando ainda mais a atividade dos endocanabinoides, quando a Cannabis é composta de vários elementos, ainda que inativos, e não apenas um.
Se cada elemento gera um efeito diferente no organismo, isolar os elementos reduz a gama de possíveis resultados terapêuticos.
O que é o Cannabis Sativa Medicinal?
A Cannabis é um gênero de plantas que tem três variedades, uma delas a Cannabis sativa. As outras duas são a Cannabis índica e a Cannabis ruderalis.
Benefícios do uso do Óleo de CBD
Em se tratando especificamente de problemas neurológicos, o óleo de CBD é usado para tratar dores de cabeça, confusão, depressão, como neuroprotetor (que ainda precisam de mais estudos).
Também é cada vez mais usado nos comprovados tratamentos de ansiedade, dores crônicas, enjoos e náuseas em tratamentos como os de câncer.
Em artigo no The Lancet, apresenta-se o uso como anticonvulsivante, ansiolítico, analgésico, antiemético para tratamento de cólicas, asma, e dismenorreia. E vem sendo pesquisado para tratamento de esclerose múltipla e síndrome de Tourette.
Ainda, segundo a coluna de Drauzio Varella, no tratamento da anorexia associada à Aids, também com resultados já comprovados, melhorando o apetite e ganho de peso.
Outros usos incluem dores crônicas, inflamações (artrite reumatóide e do trato intestinal), esclerose múltipla, espasticidade e distúrbios do sono e para epilepsia, onde 11% dos pacientes ficaram totalmente livres de crises convulsivas, 42% com o número de crises diminuído e 80% e, em 32%, com redução entre 25% e 60%.
Como obter o CBD no Brasil?
O plantio de Cannabis é proibido no Brasil. Quem produz a Cannabis para consumo pessoal está sujeito à prestação de serviços à comunidade e ao comparecimento a programa educativo, sem ressalva ao uso médico.
Apenas duas instituições brasileiras conseguiram o direito ao plantio para uso medicinal: a ABRACE (Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança) e a APEPI (Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal).
Portanto, qualquer produto relacionado precisa ser autorizado pela Anvisa e importado.
Do site da Anvisa:
“A Anvisa pode autorizar a importação de produtos derivados de Cannabis para o tratamento da própria saúde. É necessário ter prescrição (receita) de profissional legalmente habilitado”.
“A autorização permite que pessoas físicas ou seus representantes legais importem o produto por um período de dois anos”.
O passo a passo:
consulta médica e prescrição;
cadastramento do paciente na Anvisa;
análise do pedido;
autorização da importação;
escolha, aquisição e importação;
fiscalização;
e liberação na importação pela Anvisa.
Entrevista com o médico Diogo Carneiro
Para saber a quantas anda o uso da Cannabis medicinal na neurologia, conversamos com o médico português, Diogo Carneiro. Ele também contou um pouco sobre como está a situação da Cannabis medicinal em Portugal.
O médico residente em neurologia, Diogo Carneiro escreveu em parceria com a colega de profissão Ana Sofia Morgadinho, um artigo que revisa o uso da Cannabis medicinal em neurologia.
O título “Canábis medicinal na Neurologia clínica: Uma nuvem de incertezas” já deixa claro que as pesquisas em Portugal ainda têm um longo caminho pela frente.
Assim como no Brasil, cuja regulamentação também é considerada tardia, em comparação com outros países europeus e alguns estados norte-americanos como a Califórnia.
“É necessário, no entanto, apreciar a investigação realizada de forma crítica. Mesmo quando existe descrição de benefício, o desenho dos estudos ou a amostra utilizada podem limitar a generalização dos resultados. Será através de estudos mais sólidos, que acredito chegarão nos próximos anos, que a evidência acumulada permitirá a aprovação da Cannabis Medicinal em alguns destes sintomas”, afirma.
Embora o artigo traga apontamentos sobre a realidade portuguesa, Carneiro conversou com Cannabis & Saúde e falou um pouco sobre a importância das pesquisas na neurologia – o que se sabe e o que ainda pode ser investigado.
Uma coisa é certa: o uso da planta para tratar diversas patologias acompanha inúmeras civilizações, mas ainda é preciso muita pesquisa para adquirir o status científico. Lá e aqui, muitos aspectos coincidem.
No Brasil, os óleos de Cannabis são importados e ainda muito caros e, por isso, muita gente compra no mercado “clandestino”. Como é a situação em Portugal?
Em Portugal, o enquadramento legal da utilização de Cannabis para fins medicinais é muito recente. Entre 2018 e 2019, foram criados os pressupostos legais para esta utilização, assim como regras relativas a todo o processo de produção, comercialização, prescrição e dispensa destes produtos. À semelhança do verificado noutros países europeus.
Aqui, existem sete indicações terapêuticas para utilização de produtos à base de Cannabis medicinal: espasticidade associada à Esclerose Múltipla ou lesões medulares; náuseas e vômitos (resultante da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para Hepatite C); estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com Aids; dor crônica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso, como por exemplo na dor neuropática causada por lesão de um nervo, dor do membro fantasma, neuralgia do trigêmeo ou pós-herpética); Síndrome de Gilles de la Tourette; epilepsia e tratamento de transtornos convulsivos graves na infância, tais como, Síndrome de Dravet e Síndrome de Lennox-Gastaut e glaucoma resistente à terapêutica.
Estes avanços legislativos, no entanto, acabaram por criar algumas dificuldades. Muitos doentes que utilizavam previamente compostos de venda livre à base de Cannabis viram esses produtos serem retirados do mercado, após a introdução da lei.
Neste momento, o único medicamento à base de Cannabis autorizado para venda em Portugal é o Sativex®, indicado para o tratamento da espasticidade, mas não de Epilepsia refratária, por exemplo.
As pesquisas com canabinoides ainda são incipientes. Muitos médicos e pesquisadores ainda duvidam do grau terapêutico dos canabinoides. Você acredita que esse cenário vai mudar em breve?
A evidência científica baseia-se num suporte sólido em termos de estudos clínicos. Este processo demora vários anos e exige rigor metodológico para que se conheçam a eficácia e a segurança de um medicamento numa determinada doença.
A descrição da utilização da planta Cannabis para fins medicinais data de vários séculos, mas apenas nas últimas duas décadas este processo de construção sistematizada de evidência com estudos utilizando amostras significativas, com comparadores, ou mesmo ensaios clínicos randomizados começou a ser feito.
Por outro lado, a associação da Cannabis a contextos ilegais ou recreativos é um preconceito adicional que tende a criar resistência à utilização na Medicina.
Acredito, no entanto, que a acumulação de evidência e a observação direta do benefício destes medicamentos na prática clínica, em segurança, permita desfazer dúvidas e ultrapassar estas reservas.
Em neurologia, a CM vem sendo usada há alguns anos já com bons resultados em casos de epilepsia, doenças que, segundo seu artigo, não respondem bem a tratamentos convencionais.
O que mais – dentro da neurologia – tem estudos de caso que mostram a eficácia da CM?
Na Neurologia, a evidência científica está bem documentada em duas circunstâncias: tratamento da espasticidade associada a Esclerose Múltipla e a Lesões Vertebro-medulares e tratamento das crises convulsivas em algumas Epilepsias refratárias ao tratamento médico convencional.
Um aspecto fundamental é a prescrição da Cannabis medicinal estar circunscrita a situações nas quais os tratamentos de primeira linha são insuficientes ou têm efeitos adversos relevantes no doente.
Embora se encontrem num patamar de evidência inferior, a dor crônica de múltiplas origens, nomeadamente dor neuropática, e o Síndrome de Gilles de la Tourette, também foram aceitas em Portugal como indicações clínicas para tratamento.
Assim como nas doenças acima, o foco dos estudos clínicos em doenças neurológicas é o tratamento de sintomas – dor na Enxaqueca, movimentos involuntários excessivos em algumas Doenças do Movimento (Doença de Parkinson, Distonias, Doença de Huntington), perturbações do sono, sintomas psiquiátricos na Doença de Alzheimer, espasticidade nas Doenças do Neurónio Motor como a Esclerose Lateral Amiotrófica.
É necessário, no entanto, apreciar a investigação realizada de forma crítica. Mesmo quando existe descrição de benefício, o desenho dos estudos ou a amostra utilizada podem limitar a generalização dos resultados.
Será através de estudos mais sólidos, que acredito chegarão nos próximos anos, que a evidência acumulada permitirá a aprovação da Cannabis Medicinal em alguns destes sintomas.
Mais complexa parece ser a proposta de cura ou de modificação da história natural de doenças neurológicas. Embora se conheçam cada vez mais mecanismos de doença associados aos canabinoides endógenos e seus receptores, a investigação neste campo é mais exigente e alimenta principalmente estudos ou em modelos animais.
Quais aspectos da Cannabis poderiam beneficiar pacientes com enxaquecas crônicas?
A Enxaqueca é uma doença com um enorme impacto em termos da qualidade de vida e de utilização de recursos de saúde.
O mecanismo subjacente à Enxaqueca Crônica está relativamente bem estabelecido e o Sistema Endocanabinoide humano parece estar envolvido nesse processo de forma importante, podendo funcionar como alvo terapêutico. Prova disso é a melhoria relatada por doentes que utilizam Cannabis inalado.
Esta é uma utilização empírica, desde há muitos séculos, mas, tal como nas outras indicações, é essencial que se comprove este benefício de forma sistematizada, nomeadamente conhecendo quais os canabinoides que trazem realmente benefício, se este benefício se mantém ao longo do tempo e quais os efeitos secundários nos doentes com Enxaqueca.
A modulação da dor é um dos efeitos mais reconhecidos na Cannabis e é provável que vejamos um aumento de estudos robustos no tratamento sintomático ou profilático da Enxaqueca crônica e noutras cefaleias que venham a permitir a aprovação pelas entidades reguladoras.
É importante notar que o benefício de um medicamento no campo das cefaleias passa pela redução da intensidade das queixas, mas também pelos efeitos secundários leves, pela redução da analgesia adicional ou dependência em relação a uma determinada medicação e, ainda, pela melhoria na qualidade de vida.
Estes objetivos foram atingidos num estudo que comparou Nabilona com Ibuprofeno, em doentes com Cefaleia por abuso medicamentoso, num dos raros estudos desenhado para comparar dois grupos tratados com analgésicos, nesta área.
Em um estudo, divulgado em 2017, os efeitos colaterais de analgésicos convencionais seriam maiores que os da Cannabis. É certo afirmar isso?
É precoce generalizar essas conclusões. O que conhecemos são os efeitos secundários mais comuns da Cannabis Medicinal, que são ligeiros e normalmente bem tolerados, mas que podem variar entre indivíduos, mesmo em doses consideradas terapêuticas.
Estes efeitos são náuseas, sensação de fraqueza, fadiga, tonturas e por vezes alterações de humor.
Menos frequentemente encontramos queixas de memória e de atenção e, contrariando a ideia generalizada, os efeitos psicoativos, nomeadamente o risco de ocorrência de eventos psicóticos, não parecem ser significativos.
Podemos especular que esses venham também a ser os efeitos mais comuns em doentes com Enxaqueca e compará-los com os efeitos secundários dos analgésicos mais utilizados como o Paracetamol ou os Anti-inflamatórios não esteroides.
Embora a minimização dos efeitos secundários seja muito importante, outros indicadores de benefício, como a diminuição da dependência de analgésicos, são fundamentais para a Cannabis Medicinal ser vista como uma alternativa terapêutica vantajosa.
Essa dependência de analgésicos, observada mais frequentemente com os fármacos opiáceos, tornou-se uma questão de saúde pública grave em países como os Estados Unidos. As propriedades analgésicas da Cannabis medicinal terão certamente uma palavra a dizer no combate a este problema.
Conclusão
A eficácia da Cannabis com seus mais de 100 canabinóides tem sido cada vez mais estudada, pesquisada e comprovada. E é com as doenças neurológicas que mais se tem resultados aceitos por toda a comunidade científica pelo mundo, inclusive com o apoio de estudos clínicos.
De acordo com a OMS, cerca de 6% da população mundial sofre de algum tipo de problema neurológico. Por isso, é seguro dizer que a Cannabis pode melhorar a qualidade de vida de 468 milhões de pessoas. E que pode fazer isso com muito mais segurança e eficácia do que com os tratamentos alopáticos.
Neste conteúdo, apresentamos uma abordagem completa sobre os problemas neurológicos e os benefícios do uso de Cannabis no tratamento: desde os sintomas, tratamentos convencionais e resultados positivos do CBD.
Óleo de CBD para Alzheimer e demência: como usar e dosear
O cânhamo e o óleo CBD foram federalmente legalizados com a Farm Bill de 2018, mas os cientistas têm vindo a investigar o canabidiol e os seus potenciais benefícios durante muitos anos antes do boom do canábis.
Os produtos da CDB estão a ganhar popularidade a um ritmo acelerado, principalmente devido ao número de condições potencialmente aliviadas por este composto.
Os investigadores estão a descobrir novos sintomas com os quais a CDB pode ser capaz de tratar ou ajudar de alguma forma – da ansiedade à inflamação e doenças neurodegenerativas como a demência. A CDB pode fornecer ajuda de emergência a milhares de pessoas em todo o país.
Neste artigo, irei analisar especificamente a potencial utilização da CDB para a demência e os danos colaterais que esta provoca nos indivíduos que sofrem desta doença.
Gostaria de explicar os meandros da utilização do óleo de CDB, como pode interagir com a demência, e guiá-lo através das marcas que actualmente oferecem os melhores produtos de CDB no mercado.
O que é a demência?
A demência não é uma doença em si mesma. Em vez disso, é um grupo de condições que prejudicam o funcionamento do seu cérebro.
Em geral, a demência caracteriza-se pela deficiência de pelo menos duas funções cerebrais importantes, tais como o julgamento deficiente e a perda de memória. Na realidade, qualquer forma de demência pode comprometer a função cognitiva.
Como em qualquer condição de saúde, existem certos sintomas que podem ajudar a diagnosticar a demência, nomeadamente
Imparidade das funções motoras e coordenação
A perda de memória é normalmente notada em primeiro lugar por um membro da família próxima
Mudanças de personalidade
Dificuldade na resolução de problemas ou raciocínio
Ansiedade, agitação, depressão ou paranóia
Confusão
Alucinações e comportamentos incómodos
Dificuldades no tratamento de tarefas complexas
A demência é o mesmo que a doença de Alzheimer?
Alzheimer é a forma mais comum de demência, pelo que a demência é apenas uma categoria à qual a doença de Alzheimer pertence. No entanto, existem outras formas de demência para além da doença de Alzheimer.
A demência pode ser categorizada em quatro tipos diferentes:
Demência frontotemporal: o tipo em que as células nervosas nos lobos temporal e frontal do cérebro se degeneram. A demência frontotemporal afecta as partes do cérebro que controlam o comportamento, a linguagem e a personalidade
Lewy Body Dementia: a forma mais comum de demência progressiva, Lewy Body Dementia ocorre quando tufos anormais de proteínas começam a formar-se no cérebro.
Demência vascular: esta é a segunda forma mais comum de demência. É causado por danos nos vasos sanguíneos que restringem o fluxo directo de sangue para o cérebro e pode levar ao bloqueio dos vasos sanguíneos ou a um AVC.
Demência mista: isto envolve tipicamente uma combinação da doença de Alzheimer e outras formas de demência. Enquanto o Alzheimer pode afectar pessoas com mais de 65 anos, a demência mista ocorre com uma maior progressão.
Quais são os benefícios da CDB para a demência?
A CDB tem sido sugerida pelos investigadores como uma alternativa natural para muitas condições graves, incluindo as que envolvem perda de memória, ansiedade e distúrbios do sono.
A CDB é um potente antioxidante, anti-inflamatório e neuroprotector, pelo que pode melhorar muito a função cerebral, o que é crucial para abrandar e travar a progressão de doenças neurodegenerativas.
Explico abaixo como o óleo de CDB pode melhorar várias formas de demência com base nas últimas descobertas científicas.
1. doença de Alzheimer
A investigação mostra uma ligação clara entre a CDB e a redução da inflamação e da decomposição das células cerebrais.
A inflamação aumenta o impacto negativo da doença de Alzheimer. É uma causa central desta condição. Quanto mais inflamado for o cérebro, maiores serão os danos.
Os doentes de Alzheimer mostram frequentemente um caminho de rápido declínio e degeneração das células cerebrais em certas regiões. Os investigadores descobriram recentemente que a CDB tem potencial para melhorar a plasticidade da região do hipocampo – a parte do cérebro responsável pela função cognitiva e formação da memória.
Em ensaios clínicos, os investigadores descobriram que o sistema endocannabinoide está envolvido na neurotransmissão, neuropatologia e neurobiologia de várias formas de demência, incluindo a doença de Alzheimer.
2. Demência vascular
Como mencionado, as pessoas que têm demência vascular enfrentam tipicamente problemas de planeamento, raciocínio, memória, julgamento e outros processos de pensamento devido a danos cerebrais devido à redução do fluxo sanguíneo para o seu cérebro.
Um estudo de 2016 do Instituto Nacional de Saúde (NIH) descobriu que a activação de receptores canabinóides no cérebro promovia a restauração do fluxo sanguíneo para o cérebro.
3. demência da doença de Parkinson
A Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva que afecta principalmente pessoas de meia-idade e idosos. Alguns sintomas de demência podem ser o resultado da doença de Parkinson – chamada demência por doença de Parkinson.
Os investigadores sugerem que a doença de Parkinson pode ter origem na redução da produção de dopamina e é mais frequentemente expressa pela tensão muscular, tremores e movimentos lentos e com falhas.
Um desequilíbrio digestivo também pode ser um factor significativo no desenvolvimento da doença de Parkinson e na gravidade dos seus sintomas. Os canabinóides como a CDB demonstraram produzir efeitos neuroprotectores e antioxidantes no cérebro, que juntamente com as suas propriedades anti-inflamatórias podem ser eficazes no combate à demência induzida pela doença de Parkinson.
4. Demência de Corpos de Lewy Bodies
Lewy Bodies é um nome científico para depósitos de proteína alfa-sinucleína no cérebro. Estas acumulações podem levar a problemas de julgamento, sono, comportamento, movimento e disposição.
A investigação descobriu que a CDB pode reduzir a ansiedade e estabilizar o humor. Além disso, os efeitos anti-inflamatórios da CDB podem reduzir a gravidade dos sintomas motores e ajudar na regulação do sono.
5. Demência frontotemporal
Como o cérebro perde mais células nos seus lóbulos frontais ou temporais, isto pode desencadear sintomas de depressão e psicose. Ao contrário de muitos medicamentos antipsicóticos, a CDB pode aliviar os tremores, ansiedade e rigidez sem os efeitos secundários associados aos medicamentos prescritos.
6. Doença de Huntington – demência
Esta doença, também conhecida como coréia de Huntington, é uma doença hereditária que leva à degeneração de células cerebrais – o que muitas vezes resulta em sintomas de demência.
Os primeiros sintomas desta condição são frequentemente ligeiros e envolvem problemas de humor e concentração. À medida que a doença progride, uma pessoa pode sofrer de uma falta geral de coordenação e de uma marcha instável (movimento de marcha).
Um estudo realizado em 2016 por investigadores da Universidade de Madrid concluiu que as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias da CDB podem ser benéficas na gestão da doença de Huntington e são seguras mesmo em doses muito elevadas.
O que dizem os peritos sobre o petróleo e a demência da CDB
Os investigadores utilizarão um Sativex de CBD/THC spray oral para tratar pacientes com demência no primeiro grande ensaio no Reino Unido. O estudo foi dirigido por investigadores do King’s College London e financiado pela Alzheimer’s Research UK.
Os investigadores estudarão a eficácia do Sativex, um medicamento já aprovado para pacientes com esclerose múltipla, observando 60 pacientes com idades entre os 55-90 anos que vivem em lares de idosos durante a duração do ensaio. O estudo visará aliviar a agressão e a agitação, um dos principais sintomas da demência.
Dag Aarsland, um psiquiatra e o professor que dirige o julgamento, diz:
“As pessoas associam frequentemente a doença de Alzheimer a problemas de memória, mas este é apenas um aspecto de uma condição complexa que pode afectar as pessoas de diferentes formas. Muitas pessoas com Alzheimer podem tornar-se agitadas ou agressivas, e isto pode causar dificuldades para a pessoa com a doença e para aqueles que lhe são próximos”.
Se extractos de espectro total se revelarem eficazes como tratamento para a demência, isto pode ser um avanço para a medicina moderna, dado que os investigadores têm lutado para encontrar soluções eficazes há quase duas décadas.
“Sem novos tratamentos para a demência em mais de 15 anos, é fundamental que testemos uma vasta gama de abordagens para encontrar formas eficazes de ajudar as pessoas que vivem com a doença”, disse David Reynolds, Ph.D., da Alzheimer Research U.K. Reynolds salienta a importância de encontrar um medicamento que não só abrande ou pare a progressão da demência, mas também beneficie o desempenho diário das pessoas.
“Com base em alguns estudos preliminares noutras populações, tais como indivíduos mais jovens com doença bipolar e esquizofrenia, bem como estudos com animais, há pelo menos alguma razão para teorizar que estes medicamentos teriam um benefício”, segue o Dr. Nathan Herrmann, chefe do departamento de psiquiatria geriátrica do Centro de Ciências da Saúde de Sunnybrook, no Canadá, que mostra apoio aos seus colegas no Reino Unido.
O Sativex tem quantidades iguais de THC e CBD. O óleo de cânhamo derivado de CBD contém apenas 0,3% de THC, e não há estudos que examinem os efeitos desta solução de canábis na demência.
Qual é a melhor dose de óleo de CDB para a demência?
Não existem directrizes de dosagem específicas quando se trata de utilizar óleo de CDB para a demência. No entanto, foram realizados vários estudos sobre a eficácia de diferentes doses de CDB para doentes de Alzheimer.
A perda de algumas capacidades em termos de desempenho cerebral é um processo natural com o avanço da idade. Em algumas situações pode tornar-se patológica e surgirem doenças como Demência. Continuar a ler Canabinóides no caminho contra Alzheimer
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