O óleo de cânhamo com CBD em gotas é a forma mais conhecida e divulgada, apesar deste canabinóide se encontrar também disponível noutros formatos, como, por exemplo, cápsulas ou óleos de aplicação tópica.
Segundo as evidências científicas, o CBD – bem como todos os canabinóides em geral – têm uma biodisponibilidade baixa.
Tomar óleo CBD por via sublingual é a opção mais divulgada e que reúne mais consenso entre investigadores
Sendo uma substância de elevado potencial terapêutico – “uma molécula invulgarmente interessante” – como lhe chamam Fernandez-Ruiz et al., da Universidade Complutense, vários estudos têm sido efetuados a fim de determinar as melhores formas de administração para otimização de absorção do canabidiol.
Destas formas de administração, a via sublingual será prioritária em casos de náuseas e vómitos, Linfoma e Síndrome de Má-absorção (com múltiplas possíveis causas, mas caracterizado por inchaço abdominal, edema, flatulência, diarreia).
A toma oral com lípidos (junto de refeições com gorduras), será a alternativa mais viável, sendo ainda possível otimizar a absorção com triglicéridos de cadeia média (MCT) e piperina, um alcalóide retirado da pimenta-preta.
No que toca a absorção por aplicação, dois estudos pré-clínicos da Universidade do Kentucky, EUA, revelam resultados positivos, com doses eficazes a partir de 6.2mg por dia, sendo que entre 11 e 15 horas após aplicação se registam níveis otimizados de saturação plasmática e respetivos efeitos benéficos na inflamação, edema e dor. Já se efetuaram vários estudos acerca da piperina como potenciador de biodisponibilidade cientificamente validado.
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