O canabidiol começa a ser notado e reconhecido como forma de tratamento principal ou auxiliar e complementar aos tratamentos de doenças graves, como cancro, epilepsia ou fibromialgia, entre outras. São muitos os testemunhos acerca dos benefícios do canabidiol (CBD), que têm vindo a marcar a diferença na qualidade de vida de pessoas que, não poucas vezes, ou não respondem à medicação ou sofrem com os efeitos colaterais da mesma. O CBD, um dos canabinóides que fazem parte da planta Cannabis (que se divide em Cannabis sativa, Cannabis indica e Cannabis ruderalis) não é propriamente desconhecido da investigação, existindo resultados registados há mais de 40 anos. Hoje sabe-se mais acerca do que é o canabidiol e a forma como atua (consulte Canabidiol: quais os benefícios para a saúde?) e a Ciência está a descobrir os efeitos e vantagens da administração desta substância natural.

Enquanto se vão descobrindo e estudando em laboratório as vantagens do canabidiol e o seu potencial de aplicação, a experiência de muitos pacientes com patologias graves confirma tratar-se de um produto com resultados positivos em muitos casos e que lhes beneficia a qualidade de vida. Como acontece com toda a medicina que tem o indivíduo como base e prioridade, os resultados de um produto estão sujeitos a uma série de condições, que incluem, por exemplo, a(s) doença(s), medicação ou suplementação que se tome, alimentação, sistema imunitário, estilo de vida ou fatores psicológicos, condições que são sempre únicas e que devem ser consideradas caso a caso. Assim, para esclarecer qualquer dúvida acerca do canabidiol, sua administração ou interação com outros produtos e fármacos, não hesite contactar o departamento técnico através dos nossos contactos.

DIABETES

Estudos feitos em animais demonstraram que, em tratamentos com CBD, existe uma redução na incidência de Diabetes. Foi ainda identificada uma descida nos níveis plasmáticos de citoquinas pro-inflamatórias IFN gama e TNF alfa. Em exames histológicos ao pâncreas, nomeadamente nos ilhéus de Langerhans, identificou-se uma reduzida insulite, ou seja, inflamação dos ilhéus. Assim, o CBD parece inibir a inflamação e o processo degenerativo associado da insulite e, possivelmente, ter uma acção imunomodeladora. Tudo isto parece resultar numa redução na incidência da Diabetes (1).

Em ratos com Diabetes tipo I (em que há uma destruição das células beta do pâncreas induzida por invasão de células do sistema imunitário que desencadeiam uma inflamação pancreática), o CBD conseguiu reduzir a ativação linfocitária e melhorar a densidade capilar funcional, resultando numa redução da inflamação e melhor microcirculação (2).

DEPRESSÃO

Estudos feitos em animais associaram um efeito antidepressivo com a utilização de Canabidiol. Apesar de os mecanismos envolvidos neste comportamento ainda não estarem completamente explicados, os dados indicam que este efeito é obtido pela ação do CBD sobre os recetores 5HT1A, recetores localizados no cérebro, que são fundamentais para o efeito de fármacos antidepressivos. Outra hipótese colocada é o efeito que o CBD tem sobre o sistema límbico do cérebro, responsável pelo controlo das emoções, capacidade de aprendizagem e memória (3).

A investigação mostra também que os mecanismos associados à epigenética parecem influenciar o  desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos, nomeadamente a depressão. Assim, estes distúrbios parecem culminar de uma complexa interação entre mecanismos de predisposição genética e fatores ambientais (fatores epigenéticos). O meio que nos rodeia influência a forma como os genes são ou não expressos. Os estudos parecem indicar que uma redução da metilação do DNA possa induzir uma ação antidepressiva. Um desses estudos (Pucci et al 2013) demonstrou que o canabidiol reduz a metilação de DNA em queratinócitos. Este fundamento levanta hipóteses promissoras de um dos mecanismos de atuação do CBD na depressão ocorrer por influência de mecanismos epigenéticos associados à metilação do DNA.

PROTEÇÃO CEREBRAL (AÇÃO NEUROPROTETORA)

A neuroproteção inclui importantes mecanismos de preservação da estrutura e função das células neurais, proteção contra o stress oxidativo e inflamação. Uma disfunção destes processos leva a doenças degenerativas graves como Alzheimer, Parkinson, Esclerose múltipla, entre outras (4).

O canabidiol tem uma ação neuro protetora: atua como um poderoso antioxidante sobre radicais livres (ROS/RSN), tendo apresentado resultados superiores ao alfa tocoferol e à vitamina C. Assim, o canabidiol parece reduzir os danos neuronais gerados pela acumulação da proteína Beta Amiloide (principal constituinte das placas que se acumulam no cérebro de doentes com Alzheimer) e atenuar a depleção de tirosina, dopamina e GABA. Este fator é determinante no Parkinson, que se carateriza por uma degeneração neuronal e redução dos níveis de dopamina (5).

O sistema canabinóide parece exercer uma função nos mecanismos compensatórios que neutralizam o desequilíbrio na fisiologia dos núcleos da base que ocorrem na Doença de Parkinson (6).

EPILEPSIA

A epilepsia é uma doença grave que afeta profundamente a qualidade de vida do doente, assim como a sua capacidade cognitiva e funções cerebrais, sobretudo quando surge em crianças com idade inferior a três anos. Já foram desenvolvidos muitos fármacos para o tratamento mas, infelizmente, há casos em que a medicação não surte qualquer efeito. Desde 2013 que, em centros nos Estados Unidos, têm sido conduzidos estudos do CBD nos casos de Epilepsia não controlada pela medicação. Apesar do mecanismo farmacológico ainda não estar completamente compreendido, os dados obtidos têm demonstrado que o CBD é seguro e eficaz no tratamento de Epilepsia, tanto em jovens adultos como em crianças, com doses na casa do 2-5mg/kg/dia. Estudos prospetivos demonstraram uma redução de 50% nos episódios de convulsão (estudos com 32-84 voluntários). Um outro estudo demonstrou uma redução em 36,5% de convulsões mensais.

Um estudo que envolveu 162 indivíduos (adultos e crianças) com vários tipos de Epilepsia (síndrome de  Lennox-Gastaut, síndrome de Dravet e outros tipos de Epilepsia) demonstrou que o canabidiol foi bem tolerado, com uma redução de episódios de convulsões motoras de 36,5%. No geral, englobando todos os tipos de convulsão, os resultados mostraram uma redução de 34,6%. De destacar que, nos pacientes com síndrome de Dravet, houve uma redução em 50% nas crises. Nos pacientes com síndroma de Lennox-Gastaut, 37% tiveram uma redução de 50% nos episódios mas sem resultados significativos nos episódios de convulsão tónica-clónica. Nestes estudos verificaram-se também resultados mais significativos em doentes medicados com Clobazam e Valprolate e com a adição de canabidiol (7).

Hess et al. realizou um estudo sobre a segurança e tolerabilidade do uso de CBD na Esclerose tuberolar, uma patologia de causa genética rara que tem como um dos sintomas mais frequentes um tipo Epilepsia resistente à medicação. Em 71 crianças que participaram, 38% tiveram uma remissão total em 24 meses. Passado aquele período, em 43% dos casos não foi mantida a remissão total dos sintomas, ainda que, em combinação com medicação antiepilética, houve uma redução das crises em mais de 50% (8).

PROTEÇÃO CARDIOVASCULAR

Vários estudos têm vindo a manifestar fortes evidências da ação benéfica do canabidiol sobre o sistema  cardiovascular. O CBD parece ter uma ação direta nas artérias isoladamente, causando relaxamento vascular, segundo estudos in vitro e com animais (9).

O uso de CBD parece ter benefícios na proteção cardiovascular, nomeadamente na redução da hipertensão arterial relacionada com o stress. Um estudo feito em humanos demonstrou que indivíduos que tomaram uma dose de 600mg diárias de CBD, comparativamente ao placebo, tiveram uma redução na pressão arterial sistólica em repouso e no volume sistólico, aumento do ritmo cardíaco e manteve-se o débito cardíaco (10).

O CBD parece também exercer uma ação protetora sobre danos causados em meios com excesso de glicose e inflamação (diabetes tipo II), onde há evidências da ação anti-inflamatória e antioxidante. Um outro estudo feito em humanos, no qual foi administrado CBD em indivíduos com cardiomiopatia diabética, sugeriu que este canabinóide pode ter um potencial terapêutico no tratamento por atenuar o stress oxidativo, a inflamação, a morte celular e fibrose. A cardiomiopatia diabética é caraterizada por disfunção do ventrículo esquerdo (independentemente de aterosclerose e doença da artéria coronária).

O mecanismo de evolução desta doença é complexo, pois envolve um aumento do stress oxidativo, ativação dos mecanismos de morte celular, aumento da inflamação e alterações na matriz celular e fibrose cardíaca. O CBD, pela ativação dos recetores CB2 nas células imunitárias, manifesta as suas propriedades anti-inflamatórias. Atenua o stress oxidativo, diminuindo a formação das espécies ROS e restaurando o teor em glutationa e a atividade da SOD. A ação antioxidante e anti-inflamatória, por sua vez, refletem-se na atenuação da morte celular e da fibrose, manifestando também propriedades protetoras das células do endotélio vascular da artéria coronária. Pela forma de atuação do CBD, podemos extrapolar que esta substância poderá contribuir positivamente no tratamento de múltiplas doenças cardiovasculares (11).

 

DOR NEUROPÁTICA

A dor neuropática é um tipo de dor crónica que ocorre em uma ou mais partes do corpo e é associada a doenças que afetam o Sistema Nervoso Central, ou seja, os nervos periféricos, a medula espinhal ou o cérebro. Essa dor também pode ser consequência de algumas doenças degenerativas que levam à compressão ou a lesões das raízes dos nervos ao nível da coluna. É descrita como uma dor muito incapacitante, manifestando-se em sensações dolorosas de queimadura, formigueiro ou choque elétrico.

A ação do CBD na dor neuropática está a ser estudada e os resultados obtidos têm sido promissores, ao ponto de a Sociedade Canadiana para a Dor ter incluído o uso de Canabidiol para abordagens terapêuticas (12).

Uma publicação de 2011 fez uma análise sistemática em 15 estudos clínicos randomizados. Desta análise,  conclui-se que o uso de Canabidiol é seguro e moderadamente eficaz, sendo por isso uma opção a ter em conta no tratamento da dor neuropática. Além disso, manifestou alguma evidência na dor associada à Fibromialgia e Artrite Reumatoide e na melhoria da qualidade do sono (13).

NAUSEAS E VÓMITOS EM QUIMIOTERAPIA

Desde 1975 que os estudos têm demonstrado que o uso de Canabis tem uma ação no controlo de náuseas e dor associadas à quimioterapia. Muitos estudos foram conduzidos desde então, com particular evidência na náusea antecipatória (muito comum em pacientes sujeitos a tratamentos de quimioterapia) (14). O uso do canabidiol pode assim ajudar a melhorar a qualidade de vida de pacientes sujeitos a tratamentos de quimioterapia.

CANCRO

Desde 1975 que foram demonstrados, em estudos in vitro e in vivo em ratos, efeitos inibidores no crescimento de células malignas no adenocarcinoma do pulmão com a administração de delta-9-tetrahydrocannabinol (THC) e canabidiol. No entanto, o uso de THC acabou por se demonstrar limitado dado os seus efeitos psicoativos. Por esse motivo, o interesse no CBD cresceu, uma vez que tem demonstrado ser igualmente eficaz e com a vantagem de não ter efeitos psicotrópicos.

Em estudos feitos in vitro, o extrato de canabis demonstrou capacidade de inibir o crescimento de células malignas relacionadas no adenocarcinoma do pulmão. O canabidiol parece ter também demonstrado ações anti-proliferativa, anti-metastásica, anti angiogénica e de pró-apoptose em cancros no pulmão, da mama e linfomas.

Um estudo feito por Shrivastava et al demonstrou em ensaios in vitro que o CBD induz processo de autofagia e apopotose em células cancerígenas do cancro da mama (15).

Este canabinóide da cannabis também demonstrou efeitos em casos de Glioma. O Glioma é um tumor de células gliais, células que protegem, nutrem e dão suporte aos neurónios, logo, pode ocorrer no encéfalo, espinhal medula ou mesmo junto a nervos periféricos. São responsáveis por aproximadamente 30% de todos os tumores do sistema nervoso central e por 80% dos tumores malignos iniciados no cérebro. Massi et al. demonstrou uma inibição de células malignas in vitro por processos de indução da apoptose (16).

No glioblastoma, um tipo maligno de tumor cerebral, a associação do CBD com radioterapia apresentou-se como uma estratégia interessante e eficaz por parecer aumentar a morte das células malignas, existindo aumento da sinalização das células anómalas mediado pelo CBD (17).

O cancro do pulmão apresenta-se como um tipo de cancro bastante difícil de tratar por ter um baixo grau de resposta às terapias e por ser bastante agressivo. Estudos in vitro demonstraram que o CBD tem uma ação significativa na inibição da proliferação das células malignas e decresce o grau de invasão de uma forma bastante relevante. Em cancros endócrinos e em linfomas observou-se que o CBD induziu stress oxidativo pela geração de ROS em células cancerígenas, para além de induzir o aumento de apoptose (18).

ANSIEDADE

Apesar de ainda não haver muitos estudos disponíveis, há fortes evidências que o CBD possa ser eficaz no tratamento de ansiedade e no stress pós-traumático (19).

 

1 – (Weiss L. et al., Cannabidiol lowers incidente of diabetes in non-obese diabetic mice. Autoimmunity. Vol.39, 2. 2006).
2 – (Lehmann C. et al., Clinical Hemorheology and Microcirculation, vol. 64, no. 4, pp. 655-662, 2016)
3 – (Campos A.,et al., Plastic and Neuroprotective mecanismos involved in the therapeutic effects of cannabidiol in psychiatric disorders. Frontiers in pharmacology. 2017, 8:269.)
4 – (Campos A.,et al., Plastic and Neuroprotective mecanismos involved in the therapeutic effects of cannabidiol in psychiatric disorders. Frontiers in pharmacology. 2017, 8:269.)
5 – (TORRAO, Andréa S. et al. Abordagens diferentes, um único objetivo: compreender os mecanismos celulares das doenças de Parkinson e de Alzheimer. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2012, vol.34, suppl.2).
6 – (van der Stelt M, Di Marzo V. The endocannabinoid system in the basal ganglia and in the mesolimbic reward system: implications for neurological and psychiatric disorders. Eur J Pharmacol. 2003;480 (1-3):133-50)
7 – (Devinsky O, Marsh E, Friedman D, Thiele E, Laux L, Sullivan J, Miller I, Flamini R, Wilfong A, Filloux F, Wong M, Tilton N, Bruno P, Bluvstein, J, Hedlund J, Kamens R, Maclean H, Nangia S, Shalh Singhal N,, Wilson CA, Patal A, Cilio MR. Cannabidiol in patients with treatmentresistant epilepsy: an open-labeled interventional trial. Lancet Neurol. 2016;15:270–278.)
8 – https://www.aesnet.org/meetings_events/annual_meeting_abstracts/view/2416202
Hess E, Moody K, Geffrey A, Pollack S, Skirvin L, Bruno P, Paolini J, Thiele E. Cannabidiol as a new treatment for drug-resistant epilepsy in tuberous sclerosis complex. Epilepsia. 2016;57:1617–1624.
9 –  (Christopher P. Stanley, William H. Hind and Saoirse E. O’Sullivan. Is the cardiocascular system a therapeutic target for cannabisiol? British Journal of Clinical Pharmacology. Volume 75, Issue 2, February 2013, Pages: 313–322, Version of Record online: 10 JAN 2013, DOI: 10.1111/j.1365 2125.2012.04351).
10 – (Jadoon KA, Tan GD, O’Sullivan SE. A single dose of cannabidiol reduces blood pressure in healthy volunteers in a randomized crossover study. JCI Insight. 2017;2(12):e93760. doi:10.1172/jci.insight.93760.)
11 – (Rajesh M, Mukhopadhyay P, Batkai S, Patel V, Saito K, Matsumoto S, Kashiwaya Y,Horvath B, Mukhopadhyay B, Becker L, Hasko G, Liaudet L, Wink DA, Veves A, Mechoulam R, Pacher P. Cannabidiol attenuates cardiac dysfunction, oxidative stress, fibrosis, and inflammatory and cell death).
(Rajesh M, Mukhopadhyay P, Batkai S, Hasko G, Liaudet L, Drel VR, Obrosova IG, Pacher P. Cannabidiol attenuates high glucose-induced endothelial cell inflammatory response and barrier disruption. Am J Physiol Heart Circ Physiol 2007;293:H610–H619.)
12 –  (Moulin D, Boulanger A, Clark AJ, et al. on behalf of the Canadian Pain Society Pharmacological management of chronic neuropathic pain: revised consensus statement from the Canadian Pain Society. Pain Res Manag. 2014;19:328–35. doi: 10.1155/2014/754693).
13 –  (Lynch M, Campbell F. Cannabinoids for treatment of chronic, non-cancer pain: a systematic review of randomised trials. Brit J Clin Pharmacol. 2011;72:735–44. doi: 10.1111/j.1365-2125.2011.03970)
14 – (Maida, V., & Daeninck, P. J. (2016). A user’s guide to cannabinoid therapies in oncology. Current Oncology, 23(6), 398–406. http://doi.org/10.3747/co.23.3487)
15 –  (Shrivastava A, Kuzontkoski PM, Groopman JE, Prasad A.Cannabidiol induces programmed cell death in breast C ancer cells by coordinating the cross-talk between apoptosis and autophagy. Mol Cancer Ther 2011; 10:1161–72.)
16 – (Massi P, Vaccani A, Ceruti S, Colombo A, Abbracchio MP,Parolaro D. Antitumor effects of cannabidiol, a nonpsychoactive cannabinoid, on human glioma cell lines.J Pharmacol Exp Ther 2004; 308: 838–45). O CBD parece ainda reduzir a migração celular e proliferação de células no glioma. (Vaccani A,Massi P, Colombo A,Rubino T, Parolaro D.Cannabidiol inhibits human glioma cell migration through a cannabinoid receptor-independent mechanism. Br J Pharmacol 2005; 144: 1032–6.).
17 –  (Ivanov, Vladimir & Wu, Jinhua & K. Hei, Tom. (2017). Regulation of human glioblastoma cell death by combined treatment of cannabidiol, γ-radiation and small molecule inhibitors of cell signaling pathways. Oncotarget. . 10.18632/oncotarget.18240.)
18 –  (Massi, P., Solinas, M., Cinquina, V., & Parolaro, D. (2013). Cannabidiol as potential anticancer drug. British Journal of Clinical Pharmacology, 75(2), 303–312. http://doi.org/10.1111/j.1365-2125.2012.04298.)
19 – (Blessing, E. M., Steenkamp, M. M., Manzanares, J., & Marmar, C. R. (2015). Cannabidiol as a Potential Treatment for Anxiety Disorders. Neurotherapeutics, 12(4), 825–836. http://doi.org/10.1007/s13311-015-0387-1)
Direitos Reservados